DIA DAS MENTIRAS

Imagem e informações aqui.


Se tudo o que há é mentira,
É mentira tudo o que há.
De nada nada se tira
A nada nada se dá.


Fernando Pessoa (do cartaz)

ORTOGRAFIA

Imagem daqui.

 

"A MINHA ORTOGRAFIA

A importância da ortografia é a importância do nascimento - de pés, de cabeça, estrangulado ou com boa respiração. Eu tenho a mesma letra dos meus cinco ou seis anos, miúda, desenhada como o arco-íris num rio. Aprendi assim a jactância dos efes, a morbidez dos ás, os bês abaciais e o tê que parece um Quixote com a sua bacia de barbeiro na cabeça. Quem não ama a ortografia não respeita a cultura, a peregrinação nas matas do alfabeto. A iluminura foi o estado contemplativo da era escrita. Depois da era oral, de que nos ficou o canto como seu sacerdote supremo, veio essa intimidade ortográfica, doce, sensualíssima, com vibrações geométricas e sorrisos desmaiados de tinta simpática.

        Eu nasci ortográfica como outros nascem diabéticos. O meu açúcar é a raiz da escrita, como se fosse a raiz da beterraba. Que belo é escrever por linhas direitas coisas tortas e fisgadas! A importância da ortografia, etc., etc...

Porto, 1 de Setembro de 1980"

Agustina Bessa-Luís, Caderno de Significados, selecção, organização e fixação de texto de Alberto Luís e Lourença Baldaque, Lisboa, Guimarães Editores, 2013, p. 27.

CONCURSO: CRIAÇÃO DO ECO-CÓDIGO DA ESJS

CONTEXTUALIZAÇÃO / OBJETIVO

 

O Concurso Eco-Código surge no âmbito do Programa Eco-Escolas e pretende estimular a participação e a criatividade dos jovens. O Eco-Código corresponde a um dos elementos do programa: o 7.º passo da metodologia proposta e deverá expressar uma declaração de objetivos, traduzidos por ações concretas, que todos os membros da comunidade deverão seguir, constituindo assim o código de conduta ambiental da escola. O Eco-Código será constituído por 10 a 12 frases, selecionadas das que forem propostas.

Os cordenadores do Programa Eco-Escolas, em colaboração com a Biblioteca, promovem o concurso "Criação do Eco-Código", dirigido aos alunos da escola.

 

Participe!

  

A EUROPA E O TEMPO

Albrecht Dürer, Melancolia I, 1514

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        "Há muitos anos, ouvi um escritor africano afirmar num colóquio que a Europa se caracterizava por três criações míticas a que hoje acedemos por via da literatura: eram elas Prometeu, Ulisses e Fausto. Esta tríade assim enunciada por alguém que era de origem exterior à Europa, embora de  evidente e cuidada formação cultural europeia, mostra que «do lado de fora» há quem sinta a Europa como uma identidade cultural diferenciada e densa, susceptível de ser simbolizada em três figuras paradigmáticas.

        (...)

        Talvez se lhes devesse agregar, noutro plano, um sentido da experiência do tempo, do tempo vivido e da efemeridade de tudo, quase sempre de melancólicas e saturnianas ressonâncias na consciência europeia quando contempla o mundo e medita sobre o destino. Entre o rei D. Duarte de Portugal no seu Leal Conselheiro (cerca de 1438), a gravura famosa de Albrecht Dürer Melancholia I (1514) e o tratado monumental de Robert Burton, The Anatomy of Melancholy (1621), a preocupação é idêntica e atravessa os séculos «em busca do tempo perdido». E já remontava pelo menos a Horácio."

Vasco Graça Moura, "Símbolos de uma identidade" in A Identidade Cultural Europeia, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos e Relógio D'Água Editores, 2013, pp.44-45.

FESTA DO CINEMA ITALIANO - 8 1/2

Imagem e informações detalhadas aqui.

Subordinada ao tema Família Italiana, La Famiglia, e remetendo para o ambiente familiar da época de cinquenta, a 7ª edição da Festa do Cinema Italiano terá início em abril, no dia 10, em Lisboa, e aí permanecerá até ao dia 18, continuando depois em Coimbra, no Porto, no Funchal e em Loulé.

Todas as informações poderão ser consultadas em http://www.festadocinemaitaliano.com/

LANÇAMENTO DE LIVRO

Cartaz: www.alfarroba.com.pt

Lançamento do livro Deixa-me Ser Feliz, da autoria de Cristiana Vicente Martins, no dia 28 de março de 2014, pelas 21h, na Escola Secundária José Saramago - Mafra. 

DIA MUNDIAL DO TEATRO 2014

A Porta ©Filipe Ferreira

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No Dia Mundial do Teatro, 27 de março, é disponibilizado um conjunto de atividades relacionadas com esta arte.

Veja aqui.

ESCOLA RIMA COM POESIA

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O trabalho foi esquecido
porque andava a pensar
como iria eu escrever
um poema de encantar.

De encantar e convencer
que não foi esquecimento
apenas me passou ao lado
e não houve pressentimento.

Pressentir ser punida
com uma tarefa destas
em que as rimas não saem
e parecem muito funestas.

Com toda esta tristeza
aguardo o seu perdão
pois não volta a acontecer
juro do meu coração.

É difícil fazer rimas
e que seja a última vez
em que não apresentei
o trabalho de Português!

A professora entendeu
mas deu-me este castigo
que me sirva de lição
quem avisa é muito amigo.

Beatriz Antunes, Aluna do 11º N, desta Escola

JUDAICA - 2ª Mostra de Cinema e Cultura

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De 27 a 30 de março de 2014, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

Poderá aceder ao programa no sítio

http://www.judaica-cinema.org/

O Último Voo de Petr Ginz, documentário de Sandra Dickson

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A Direção-Geral da Educação disponibiliza um Guia de Estudo de O Último Voo de Petr Ginz, um dos filmes apresentados na Mostra. Poderá consultá-lo em:

 http://www.dgidc.min-edu.pt/index.php?s=noticias&noticia=938

PRIMAVERA

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Primavera

a face breve
enuncia o esplendor

José Tolentino Mendonça, Os Dias Contados, in A Noite Abre Meus Olhos (Poesia Reunida), Lisboa, Assírio & Alvim, 2010, p.20.

SALÃO DO LIVRO DE PARIS - 2014

Salão do Livro de Paris.

A Argentina será este ano o país convidado de honra.

Convidada de honra desta 34ª edição do Salão do Livro de Paris será também a cidade de Xangai.

De 21 a 24 de março.

QUADRAS POPULARES 2014

Imagem e todas as informações, incluindo regulamento, em http://www.amigosdelisboa.com/

Poderá ainda, até ao dia 28 de março, participar no concurso Quadras Populares de Santo António, partindo do mote:

Anda o Santo entusiasmado

Com a Casa renovada

e com garantia de prémio para os três primeiros classificados...

DA SAUDADE XIV

Lenço dos Namorados.

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CANÇÃO DA PARTIDA

Ao meu coração um peso de ferro

Eu hei-de prender na volta do mar.

Ao meu coração um peso de ferro...

          Lançá-lo ao mar.

Quem vai embarcar, que vai degredado,

As penas do amor não queira levar...

Marujos, erguei o cofre pesado,

          Lançai-o ao mar.

E hei-de mercar um fecho de prata.

O meu coração é o cofre selado.

A sete chaves: tem dentro uma carta...

- A última, de antes do teu noivado.

A sete chaves - a carta encantada!

E um lenço bordado... Esse hei-de o levar,

Que é para o molhar na água salgada

No dia em que enfim deixar de chorar.

Camilo Pessanha, Coimbra: 7-9-1867 - Macau: 1-3-1926

Camilo Pessanha, Clepsidra e Outros Poemas, coleção Poesia, Lisboa, Edições Ática, 5ª edição, 1973, p.165.

AQUISIÇÕES RECENTES

MANN, Thomas – Contos. Lisboa: Bertrand Editora, 2013, 294 p. ISBN 978-972-25-2708-8

MARÇAL, David; Fiolhais, Carlos – Darwin aos Tiros e Outras Histórias de Ciência. Lisboa: Gradiva, 2013, 6.ª ed., 282 p. ISBN 978-989-616-447-8

MARÇAL, David; Fiolhais, Carlos – Pipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa Ciência. Lisboa: Gradiva, 2013, 4.ª ed., 269 p. ISBN 978-989-616-504-8

MARÇAL, David (coord.) – Toda a Ciência (Menos as partes chatas). Lisboa: Gradiva, 2013, 156 p. ISBN 978-989-616-526-0

MATIAS, Joaquim Monteiro – Memória de Tortura e Resistência. Lisboa: Círculo de Leitores, 2013, 239 p. ISBN 978-972-644-226-2

MIRANDA, Susana M̤ünch; MIRANDA, Tiago C. P. dos Reis – A Rainha Arquiduquesa – Maria Ana de Áustria. Lisboa: Círculo de Leitores, 2014, 392 p. ISBN 978-972-42-4715-1

VENTURA, António – Uma História da Maçonaria em Portugal 1727-1986. Lisboa: Círculo de Leitores, 2014, 894 p. ISBN 978-972-42-4939-1

MATERIAIS SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

Para aceder clique aqui

Neste ano em que se comemoram os 8 séculos da língua portuguesa, aqui fica a sugestão de um canal Youtube dedicado à língua portuguesa.

O MAR, A SERRA, A CIDADE

Roque Gameiro, Escadinhas de São Cristóvão

Imagem daqui.

No ano em que se comemoram os 150 anos do nascimento de Alfredo Roque Gameiro (1864-1935), estará patente, na Galeria dos Paços do Concelho, em Lisboa, a exposição O Mar, a Serra, a Cidade.

Esta exposição, do conhecido mestre de Minde, considerado o expoente máximo da aguarela em Portugal, poderá ser visitada de 20 de março a 25 de abril de 2014.

MONSTRA & MONSTRINHA 2014

Imagens e informações em Monstra Festival.

A 13ª edição de Monstra - Festival de Animação de Lisboa decorrerá este ano de 13 a 23 de março.

A Hungria é o país homenageado.

ALAIN RESNAIS, 1922-2014

Alain Resnais, Hiroshima mon amour (1959)

DA CONCISÃO XXXII

 Imagem daqui.

"O génio lusíada é mais emotivo que intelectual. Afirma e não discute. Quando uma ideia se comove, despreza a dialéctica; e é sendo e não raciocinando que ela prova a sua verdade."

Teixeira de Pascoaes, Arte de Ser Português, Lisboa, Assírio & Alvim, 1998, p.76.

PALESTRA

Cartaz da autoria da professora Marília Peres

PRÉMIO LITERÁRIO JOSÉ LUÍS PEIXOTO

Imagem e todas as informações aqui.

Decorrem já as candidaturas para a 8ª edição do Prémio Literário José Luís Peixoto. Podem concorrer, enviando trabalhos inéditos de poesia, jovens que completem 25 anos de idade até ao dia 31 de dezembro de 2014.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2014

Imagem da Fundação Batalha de Aljubarrota.

Brites de Almeida

História certa, ou lenda, a ingressar
já pelos condomínios da anedota,
Padeira varonil de Aljubarrota
És verosímil símbolo sem par.

Simbolizas a alma popular,
Na sua ânsia simplista e patriota
Que reluta de estranhos ser ilota,
Por seus se deixe embora escravizar.

E para mais, heroína, mulher sendo,
Teu nome e biografia estão dizendo
O que aliás toda a nossa história aclama:

Que na mulher mais firme a tradição
Se guarda, e se enraíza uma Nação:
Passado que o futuro ensina e inflama.

Paulino de Oliveira

Ana de Castro Osório, A Grande Aliança, Lisboa, Instituto Piaget, 1997, p.42.

EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA

Cartaz da autoria da professora Marília Peres

O MÊS DA MULHER NA FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO

 

 

Da Fundação José Saramago.

É CARNAVAL - Álvaro de Campos

Almada Negreiros. Álvaro de Campos (pormenor). 1958. Mural da Faculdade de Letras de Lisboa.

Imagem daqui.

É Carnaval, e estão as ruas cheias

É Carnaval, e estão as ruas cheias

De gente que conserva a sensação,

Tenho intenções, pensamento, ideias,

Mas não posso ter máscara nem pão.

Esta gente é igual, eu sou diverso —

Mesmo entre os poetas não me aceitariam.

Às vezes nem sequer ponho isto em verso —

E o que digo, eles nunca assim diriam.

Que pouca gente a muita gente aqui!

Estou cansado, com cérebro e cansaço.

Vejo isto, e fico, extremamente aqui

Sozinho com o tempo e com o espaço.

Detrás de máscaras nosso ser espreita,

Detrás de bocas um mistério acode

Que meus versos anódinos enjeita.

Sou maior ou menor? Com mãos e pés

E boca falo e mexo-me no mundo.

Hoje, que todos são máscaras, és

Um ser máscara-gestos, em tão fundo...

s.d.

“Carnaval”. Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993.