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Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

quarta-feira, 19 de junho de 2019

O MAR DESMONTADO...


Raymond Devos (1922-2006).
Imagem daqui.



La mer démontée


«J'avais trois jours devant moi, je dis:
"Tiens, je vais aller voir la mer."
Je prends le train, j'arrive là-bas.
Je vois le portier de l'hôtel; je lui dis:
- Où est la mer?
- La mer... elle est démontée!
- Vous la remontez quand?
- Question de temps.
- Moi, je suis ici pour trois jours...
- En trois jours l'eau a le temps de couler sous le pont...»

Raymond Devos, Ça n'a pas de sens, Paris, Denoël, 1981.



terça-feira, 18 de junho de 2019

TERRA(S) DE SEFARAD


A imagem e o programa encontram-se aqui.




DA CONCISÃO CVI


Pantagruel.



«Great secrets are hidden in the lines of jokes and tall tales.»

Maryam Mafi, A Little Book of Mystical Secrets - Rumi, Shams of Tabriz, and the Path of Ecstasy, foreword by Narguess Farzad, Charlottesville, Hampton Roads Publishing, 2017, p. 111.




segunda-feira, 17 de junho de 2019

PROSA POÉTICA





«(...) Quel est celui qui de nous n'a pas, dans ces jours d'ambition, rêvé le miracle d'une prose poétique, musicale, sans rythme et sans rime, assez souple et assez heurtée pour s'adapter aux mouvements lyriques de l'âme, aux ondulations de la rêverie, aux soubresauts de la conscience? (...)»

Charles Baudelaire, dédicace du Spleen de Paris, Petits Poèmes en prose, dans 50 poèmes en prose, Paris, Gallimard, coll. «La Bibliothèque Gallimard», 2003.



sexta-feira, 14 de junho de 2019

DA CONCISÃO CV


Imagem daqui.



«Heureux qui, comme Ulysse, a fait un beau voyage,»

Joachim du Bellay, in Stéphane Hessel, Ô ma mémoire - la poésie, ma nécessité, Paris, Éditions du Seuil, 2006, p. 84.



quinta-feira, 13 de junho de 2019

UM «SOLZINHO DE DEUS» NO DIA DE ANIVERSÁRIO DE FERNANDO PESSOA. E DE SANTO ANTÓNIO.






A TERNURA LUSITANA ou A ALMA DA RAÇA

O costume de definir o português como essencialmente lírico, ou essencialmente amoroso - absurdo, porque não há povo quase nenhum que não seja estas duas coisas. Ao mesmo tempo vê-se que, ainda que a expressão falhe, há qualquer coisa de verdade, que não chega a descobrir-se, nestas frases.

O que é que há de quase-indefinivelmente português, de portuguesmente comum excepto a língua, a Bernardim Ribeiro, Camões, Garrett, Antero de Quental, António Nobre, Junqueiro, Correia de Oliveira, Pascoaes, Mário Beirão?

Em primeiro lugar, é uma ternura. Mas o que é essa ternura? Ternura vaga (...) em Bernardim Ribeiro, ternura que rompe a casca de estrangeirismo de Camões, no seu auge ternura heróica, ternura metafísica em Antero (curiosíssima fase de ternura que dá corpo ao abstracto, e pode amar um Deus que seja (...) uma fórmula matemática); ternura por si-próprio e pela sua terra - esquiva (...), espontânea e com o lado «tristeza» acentuado, em António Nobre (actuou (?) sobre o Sá Carneiro), ternura pela paisagem em Fialho, ternura que chega a assomar às janelas da alma de Eça de Queirós.

Chamar ao sol «solzinho de Deus» é um fenómeno especial de ternura. Nessas frases do povo está o germe de todo o pátrio.

1915?

Texto de Fernando Pessoa. Pode ser consultado em arquivopessoa.net

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (26)

OCEANO SEGURO 

Fotografia: João Vieira, PG2


Na Biblioteca da escola está patente, desde o dia 5 de junho, uma exposição de cartazes organizada pelos alunos do 10.º PM1, sob a orientação da professora Ana Nunes, com a colaboração do Departamento de Biologia e Geologia e o apoio da Biblioteca.


quarta-feira, 12 de junho de 2019

O QUE PODEM ENSINAR-NOS AS DISTOPIAS? NOS 70 ANOS DE 1984, DE GEORGE ORWELL


Capa de uma das edições de 1984.



Conferência no dia 25 de junho de 2019, pelas 14h00, na Biblioteca Nacional de Portugal.



terça-feira, 11 de junho de 2019

IN MEMORIAM: AGUSTINA BESSA-LUÍS, 1922-2019


Agustina Bessa-Luís.
Imagem daqui.



«A arte é uma constante das realidades invisíveis. Tudo o que está patente aos nossos sentidos e ao nosso intelecto desde o princípio do homem vai-se desfazendo da bruma e aceitando comunicar-se-nos. Os artistas exprimem as mudanças dos tempos com uma agueza febril, e outros exclamam: "Os tempos mudaram!".

Agustina Bessa-Luís, prefácio, Ternos Guerreiros, Lisboa, Relógio d'Água Editores, 2018 (1ª ed. 1960), p. 10.