Claude Monet, Catedral de Rouen (1894).
Imagem daqui.
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Balaústres de som, arcos de Amar,
Pontes de brilho, ogivas de perfume...
Domínio inexprimível d'Ópio e lume
Que nunca mais, em côr, hei de habitar...
Tapêtes doutras Persias mais Oriente...
Cortinados de Chinas mais marfim...
Aureos Templos de ritos de setim...
Fontes correndo sombra, mansamente...
Zimbórios-panthéons de nostalgias...
Catedrais de ser-Eu por sobre o mar...
Escadas de honra, escadas só, ao ar...
Novas Byzancios-alma, outras Turquias...
(...)
Paris 1914 - Junho 30
Mário de Sá-Carneiro, "Distante melodia...", in AAVV, Orpheu, vol, I - 1915, edição fac-similada (digitalização: biblioteca da Casa Fernando Pessoa), Lisboa, Edições Tinta-da-china, 2015, p. 13.
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