COISAS
As coisas acontecem
e não perdoam o chá
das meias palavras,
sejam raio ou diamante
de luz ou sangue,
exangue resultado
do quanto nos seduz
o copo aqui ao lado.
São coisas, aparecem.
A elas nos fazemos então,
sem rumo certo
ou com seguro norte
a brilhar algures
nas coxas da sorte.
São sereias, as coisas.
Vão e e vêm, acontecem
a quem navega ao balcão
ou não.
Como sucede a descoberta
de todas as coisas a ser
na ilha deserta
na ilha deserta
de um mundo a acontecer.
Adriano Alcântara
(Professor de Português/Francês na ESJS)
(Professor de Português/Francês na ESJS)
21 de Março de 2011
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