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"Da minha língua vê-se o mar. Na minha língua ouve-se o seu rumor como na de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi em nós a da nossa inquietação. Assim o apelo que vinha dele foi o apelo que ia de nós."
Vergílio Ferreira, alocução no Prémio Europália reproduzida em Espaço do Invisível V, p. 84, in Agenda 2016 Vergílio Ferreira, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2015, semana 32.
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