Imagem daqui.
"(...) o poema não é a expressão do que se viveu ou experimentou. Se eu sinto um cheiro de jasmim na noite e escrevo um poema sobre esse fato, o que faço não é expressar tal experiência, mas, na verdade, usá-la como impulso para inventar uma coisa que não existia antes: o poema, o qual se somará a todas as galáxias, planetas, cometas, oceanos e tudo o mais que exista no universo. E o universo será, a partir de então, tudo o que já era mais aquele pequeno agregado de palavras, nascido de um perfume."
Ferreira Gullar, "E o cronista endoidou...", in Poesia Completa, Teatro e Prosa, Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 2008, p. 985.
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