Imagem daqui.
LISBOA
Descei do céu para Lisboa, vindos de Nova York, e vereis a torre de Belém como um castelo de areia. Se o rio crescesse como cresce o mar, arrancava-lhe os dentes um a um. E ficava desdentada a bela torre; a sua lendária face deixava de ser a proa de Lisboa. E o velho do Restelo não sabia mais o que dizer nem onde se encostar.
Agustina Bessa-Luís, Caderno de Significados, selecção, organização e fixação de texto de Alberto Luís e Lourença Baldaque, Lisboa, Guimarães Editores, 2013, p. 57.
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