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Não quero ser «desconhecido» nem esquecido; aceitarei tudo o que contribua para melhorar o meu estilo de vida, desde que não altere o seu fundamento - o resto recuso; nada me destroça mais que perder alguém, apenas não o mostro porque não preciso de o fazer, do mesmo modo que o amor que sinto se esconde; lembro-me de tudo o que quero, esqueço-me, em contrapartida, de tudo o que não preciso; qualquer arte é boa; não tenho filmes favoritos; sempre tive medo de uma, e apenas de uma, coisa, não da morte, mas do final da minha história; nunca perdi nada que passasse a vida a procurar, se perdesse, e a busca persistisse, isso significaria que não me tinha empenhado suficientemente na procura; visitei apenas França, Espanha e Londres, o Japão ainda não; a minha memória mais bela não é a mais bonita, é, contudo, a que mais tempo perdura; no caminho para a Escola vejo apenas carros e estradas, pessoas e edifícios; não tenho especial gosto nem desgosto por palavras; detestaria provar insetos; a ninguém mais se escreve, mas, se pudesse, corresponder-me-ia com o mundo todo; já aprendi muito na Escola, e embora ainda não seja o suficiente, já é tanto que é impossível escrevê-lo; domingo de chuva é um dia como qualquer outro, farei o que no resto dos dias não pude realizar; acho que o gato não deseja nada ao rato, apenas o quer como bola; o professor ensina como profissão, no entanto o seu trabalho é educar o aluno; não daria conselhos nenhuns a um marciano que, eventualmente, chegasse à minha rua, até porque ele não me entenderia.
Henrique Antunes, Aluno do 12º SE1 desta Escola.
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