Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs

Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

sexta-feira, 29 de março de 2019

WRITE YOUR RIGHTS - CONCURSO LITERÁRIO

Com o objetivo de promover o gosto pela escrita criativa, as equipas da Biblioteca e da Educação para a Cidadania promovem a 1.ª edição do Concurso Literário “Write your Rights”, subordinado ao tema "Violência doméstica", nas modalidades de prosa e poesia, dirigido aos alunos do 10.º, 11.º e 12.º anos da ESJS.

Regulamento disponível na Biblioteca. 
 

quarta-feira, 27 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA 2019


A particularidade da cor distingue os Homens,
mas perante a Lei, a Vida e os outros
somos todos iguais.
Ser igual é respeitar
o Outro,
Aceitar as diferenças,
Rejeitar a discriminação
Abolir as atrocidades.

Na cor da pele não podemos ver diferenças,
 porque
todos temos a mesma cor de sangue,
e as lágrimas, quando caem, são translúcidas,
espelhos que mostram a mesma imagem.

Somos todos iguais, mas, infelizmente, ainda hoje
nem todos são respeitados de forma igual.
Muitos são intolerantes face à cor, à diferença …

Não te esqueças, que somos todos gotas de água 
umas mais salgadas do que outras,
mas fazemos parte do mesmo oceano.


Beatriz, Maria, Rodrigo, Filipa, Paulo e Marcelo PRB1 (27 de fevereiro, aula das 17 horas)

OS NABIS

terça-feira, 26 de março de 2019

CAMILO CASTELO BRANCO... SOBRE CAMILO CASTELO BRANCO


Camilo Castelo Branco.
Imagem daqui.




«No cérebro deste sujeito nunca fosforeou pirilampo de poesia bem medida. Não perpetrou grandes delitos de romantismo impresso, porque foi de uma roda de homens práticos, cépticos, desconhecidos da lua, mais amigos do teatro que das florestas rumorosas, e mais dados ao ponche queimado do que ao remugir das vagas e às brigas fagueiras do mar, do qual principalmente apreciavam as ostras na Águia d'Ouro. Foi muito parco em trovas aos objectos dos seus ais. Poesia parturejada com dor e não contada silabicamente pelos dedos fez só uma, e foi a última. Nas outras inflamava-se a frio. Quando tinha idade e dinheiro, regrava elegias.»

Camilo Castelo Branco in Cancioneiro Alegre (1879)

José Viale Moutinho, Camilo Castelo Branco - Memórias Fotobiográficas (1825-1890), Alfragide, Editorial Caminho, 2009, p. 251.




segunda-feira, 25 de março de 2019

CALOUSTE: UMA VIDA, NÃO UMA EXPOSIÇÃO





Exposição patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de 24 de março a 31 de dezembro de 2019.




quinta-feira, 21 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA 2019

Se eu fosse uma agulha

Se eu fosse uma agulha costurava um mundo novo.

Criava um belo vestido de princesa como os dos contos de fadas. Ponto por ponto, faria um véu de noiva para o dia mais feliz de cada jovem de branco ou, até mesmo, criaria uma pequeno e quentinho gorro para os dias de frio de uma criança.

Se eu fosse uma agulha, criaria algo nunca antes visto, saltando de ponto em pontos presa a linha de várias cores e feitios que dançam entre tecidos de várias terras com inúmeras texturas.

Sendo agulha não gostaria de pontos aos zig-zags, pois ficaria tonta de tanto “zig-zaguiar”, ou talvez não gostasse da ideia de coser meias que, por mais pequenas e mais bonitas que sejam, andam de pé em pé e podem cheirar mal. No entanto, a minha função como agulha é coser e remendar e, como as agulhas não têm nariz, até que poderia remendar uma meia ou duas…

Apesar de pequena e simples, como agulha seria fundamental para qualquer costureira prestes a remendar o pequeno buraco nas calças de um menino trapalhão ou a criar o mais bonito vestido para o tão desejado baile de uma jovem sonhadora.

Sem agulhas, não existiria a roupa, nem os sapatos que escondem as malditas meias malcheirosas, também não existiria aquela camisola quentinha no inverno, nem aquele fato de banho para dar mergulhos nas águas salgadas da praia. Não existiria um colchão fofinho para aqueles que preferem vaguear nos seus infinitos sonhos que lhes dão segurança no escuro da noite.

Seu eu fosse uma agulha, faria tudo o que uma agulha faz que é, simplesmente, coser e tecer sonhos de linhas em tecidos multicolores.

Filipa Bryant-Jorge de Miranda, 10.ºAV1

A LIÇÃO DE GIOTTO


Giotto, Políptico de Badia, 1301-1302.




A LIÇÃO DE GIOTTO

dizem: antes dele a pintura afundava-se
naquilo que alguns pintaram para seduzir
o olhar dos ignorantes e não
o subtil prazer do espírito

possuía um rigoroso sentido do espaço e
do volume foi reformador da pintura florentina
reduziu tudo ao essencial suprimindo personagens
acessórios detalhes e pela amplitude
da composição arquitectónica atingiu grandeza
invejada e sem igual

foi ele ainda
o primeiro a enclausurar a alma
no interior de corpos limitados e sóbrios
que nos convidam à reflexão sobre a natureza humana
e sobre as coisas diáfanas do coração

Al Berto, O Medo, Porto, Assírio & Alvim, 2017, p. 421.




quarta-feira, 20 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA 2019


Se eu fosse um lápis

Se eu fosse um lápis,
dançaria no papel
desenhando realidade 
e criando fantasia.

Se eu fosse um lápis,
andaria no papel,
desenhando meu futuro,
transformando meus sonhos em poesia.

Se eu fosse um lápis,
usaria meu grafite,
com paixão e energia,
fazendo de um esboço obra-prima.

Se eu fosse um lápis,
criaria algumas curvas,
transformando-as mais tarde
em um bela escultura.

Não sou um lápis,
mas tendo um à mão,
junto a ele o coração,
sempre em harmonia,
desenharei a minha vida.

Julia Muniz, 10.°AV1


O QUE ESTÁS A LER?

terça-feira, 19 de março de 2019

A LUA - DA VIAGEM REAL ÀS VIAGENS IMAGINÁRIAS


Marc Chagall, Le paysage bleu (detalhe).



Exposição no Grand Palais, em Paris, de 3 de abril a 22 de julho de 2019.





sexta-feira, 15 de março de 2019

O MIÚDO


Guy Leroy, Le chemin, Vaugrenier.




Corre miúdo.
Corre por esses estreitos
Caminhos infinitos,
Por essas ruelas de calçada,
Nas pedras lavadas de uma sujidade limpa.

Corre miúdo.
Corre, mas não olhes para trás.
Nunca olhes para trás.
  olha para trás quem se arrepende,
E tu não te arrependes.

Corre miúdo.
Corre para os braços de quem te ama.
Agarra com força e não largues.
Nunca largues.
Só larga quem não ama,
E tu amas.

Não corras miúdo.
Não vale a pena,
Temos muito tempo,
E tu ainda és um
Miúdo.


Tomás Silva, Aluno do 12º LH4 desta Escola.



1519-2019 - VIVA LEONARDO DA VINCI!


A imagem e todas as informações encontram-se aqui.



Comemorações dos 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci.



quinta-feira, 14 de março de 2019

SÓ ENTRE TANTAS


Estou só
entre estas mãos
que me espancam.
Estou só
entre as paredes
que ouvem os gemidos de medo

Estou só
à mercê de um poder
que me sufoca, aprisiona.

Estou só
o corpo coberto de sombras,
nódoas de luto vestidas.

Estou só
entre o Aljube, lar em ferida,
e o peso das garras.


Estou só
entre o Calvário da dor
e a ausência de Amor.

Estou só...
no chão, estendida,
em sangue, esvaída…

Estou só?
Somos tantas!
Mulheres!
De ventres estropiados,
flores arrancadas
de ramos de noivas
outrora felizes…
Presas à brutalidade
ignóbil de mãos em riste,
espadas cortantes de almas…

Estou só
entre tantas
que escondem
o rosto de vergonha,
o corpo dilacerado
e a alma esquecida …

Este poema é dedicado a todas as Mulheres que foram e são vítimas de violência…

De: M.A.V