Fotografia de Robert Doisneau, La Libellule, escola da rue de Verneuil, 1956
Primeiro ponto: ser rapariga. Estamos em Portugal!
Ser do sexo feminino é de longe uma vantagem no que diz respeito às notas do
desempenho escolar. As raparigas fazem sempre aquela voz inocente e fofinha que
qualquer professor gosta de ouvir!
Segundo ponto: abanar sempre a cabeça
independentemente daquilo que o professor diga, mesmo sendo uma grande
barbaridade! Assim o professor nunca se vai aborrecer connosco, porque estamos
de acordo com aquilo que ele diz; em contrapartida, na turma em que um aluno
tem a ousadia de o corrigir, o professor ficará rezingão ou menos contente.
Terceiro ponto: fazer da frase declarativa do
professor uma pergunta.
- Bom, caros alunos, vemos que Portugal é um país
da Europa (…)
- Professora, professora, então Portugal é um país
da Europa, certo?
É assim mesmo! Desta forma, o professor vai pensar
que estamos a aprender (mesmo que não estejamos) e, por isso, ficaremos sempre
bem vistos.
Quarto ponto: depois da aula, ficar, por vezes, a
falar com o professor, qualquer que seja o assunto. Assim ele vai ter a
sensação de que estamos interessados…
Além de tudo isto, há sempre questões como a
responsabilidade e a pontualidade que interessam pouco, porque estamos em
Portugal!
Pedro Batalha, 11º A
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