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Escola Secundária José Saramago - Mafra

quarta-feira, 25 de maio de 2016

ARTE: FORMA E INSPIRAÇÃO


Cariátides no Templo do Erecteion.
Imagem daqui.



«(...) Toda a arte, como disse Louis Bréhier, implica uma prioridade dada à técnica que melhor encarna as suas aspirações. A arte mediterrânica deu-a à escultura, duplo do corpo humano, de que a arquitectura conserva a nostalgia, já que lhe pede emprestados os seus princípios de proporção e, às vezes, até as suas formas, nas cariátides, por exemplo. A arte bárbara ou estépica reserva-a à decoração: ourivesaria ou tecido, onde a linha pode agir sem qualquer constrangimento. As artes intermediárias experimentaram a atracção dos dois pólos. Onde está presente o "complexo" Bárbaros-Ásia, a pintura e a escultura tenderam a reabsorver-se no ornamental, pelo reino do traçado e do plano. Onde dominou a tradição greco-romana, a decoração e a pintura procuraram evocar a escultura; a ourivesaria carolíngia é disto uma prova: retoma a geometria em proveito do alto-relevo, preferindo o trabalho dos admiráveis bronzistas românicos. (...)»

René Huyghe, Sentido e Destino da Arte I, Lisboa, Edições 70, 1986, p. 294.



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