Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs

Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO DE 2012!


Recomeça...

Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...

Miguel Torga

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

NOVIDADES NA BE

Últimas aquisições no âmbito do projecto novasoportunidades@ biblioteca.esjs, com o apoio integral da Fundação Calouste Gulbenkian.

ALLENDE, Isabel – A Cidade dos Deuses Selvagens. 24.º ed. Viseu: Edições Inapa. 2009. 284 p. ISBN 978-989-681-018-4
AURÉLIO, Marco – Pensamentos. Lisboa Relógio D’Água Editores. 2008. 152 p. ISBN 978-989-641-030-8
BORGES, Jorge Luis – História Universal da Infâmia. Alfragide: Leya. 2009. 93 p. ISBN 978-989-65-3012-9
BRECHT, Bertol – Poemas. Lisboa: Asa. 2007. 666 p. ISBN 978-972-41-5299-8
BUESCU, Jorge – Casamentos e Outros Desencontros. Lisboa: Gradiva. 2011. 169 p. ISBN 978-989- 616-451-5
CAPOTE, Trumman – Travessia de Verão. Alfragide: Leya. 2009. 126 p. ISBN 978-989-660-007-5
CARDOSO, Dulce Maria – O Retorno. 2.ª ed. Lisboa: Edições Tinta-da-China. 2011. 267 p. ISBN 978-989-671-098-9
CRATO, Nuno – Passeio Aleatório. 8.ª ed. Lisboa: Gradiva. 2011. 211 p. ISBN 978-989-616-216-0
CÍCERO - Da Velhice. Lisboa: Biblioteca Editores Independentes. 2009. 85 p. ISBN 978-989-8231-1
DICKENS, Charles – Oliver Twist. Mem Martins: Publicações Europa-América. 2005. 442 p. ISBN 972-1-05628-6
DICKINSON, Emily – Cem Poemas. Lisboa: Relógio D’Água Editores. 2010. 273 p. ISBN 978-989-641-173-2
ECO, Umberto – O Nome da Rosa. Lisboa: Gradiva. 2011. 612 p. ISBN 978-989-616-454-6
FARIA, Rosa Lobato – Vento Suão. 3.º ed. Porto: Porto Editora. 2011. 175 p. ISBN 978-972-0-04182-1
GARRETT, Almeida – Falar Verdade a Mentir. Porto: Porto Editora. 2010. 79 p. ISBN 978-972-0-31079-8
GODIN, Seth – Como se Tornar Indispensável. Alfragide: Lua de Papel. 2011. 278 p. ISBN 978-989-23-1277-4
GULLAR, Ferreira – Poema Sujo. Lisboa: Ulisseia. 2010. 62 p. ISBN 978-972-568-633-1
JIMÉNEZ, Juan Ramon – Platero e Eu. Lisboa: Livros do Brasil. 2006. 141 p. ISBN 972-38-2816-2
LLOSA, Mario Vargas – O Falador. Alfragide: Leya. 2011. 251 p. ISBN 978-989-660-074-7
MILL, John Stuart – Da Liberdade de Pensamento e Expressão. Alfragide: Leya. 2010. 92 p. ISBN 978-989-660-074-7
MORAES, Wenceslau – O Culto do Chá. Lisboa: Relógio D’Água Editores. 2008. 82 p. ISBN 978-989-641-007-0
NUNN, John – Manual do Xadrez: entendendo o jogo lance a lance. S. Paulo: 2010. 524 p. ISBN 978-85-370-0581-1
OVÍDIO – Arte de Amar. Lisboa: Edições Cotovia. 2008.103 p. ISBN 978-972-795-249-6
ROBERTS, Nora – A Chave do Saber. 2.º ed. Lisboa: O Quinto Selo. 2008. 265 p. ISBN 978-989-6130-86-2
SARAMAGO, José – Claraboia. Alfragide: Caminho. 2011. 398 p. ISBN 978-972-21-2441-6
SARTRE, Jean Paul – A Náusea. Mem Martins: Publicações Europa- América. 206 p. ISBN 978-972-1-01565-4
SEELEY, STEPHENS, TATE - Anatomia e Fisiologia. Loures: Lusociência. 2011. 1141 p. ISBN 978-972-8930-62-2
SILVA, Daniel – O Caso Rembrant. Lisboa: Bertrand. 2011. 441 p. ISBN 978-972-25-2358-5
SINGH, Simon – Big Bang. Lisboa: Gradiva. 2011. 587 p. ISBN 978-989-616-363-1
TATE, Philip, KENNEDY, James, SEELEY, Rod R. – Guia de Estudo para utilização com Anatomia e Fisiologia, 8.ª ed. Loures: Lusociência. 2011. 472 p. ISBN 978-972-8930-62-2
VIEIRA, Alice – Os Profetas. Lisboa: Caminho. 2011. 170 p. ISBN 978-972-21-2444-7
WOOLF, Virginia – Orlando. Lisboa: Relógio D’Água Editores. 2010. 204 p. ISBN 978-989-641-169-5
ZINK, Rui – O Amante é Sempre o Último a Saber. Lisboa: Planeta. 2011. 287 p. ISBN 978-989-657-229-7

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL


A abstracção não precisa de mãe nem pai
nem tão pouco de tão tolo infante

mas o natal de minha mãe é ainda o meu natal
com restos de Beira Alta

ano após ano via surgir figura nova nesse
presépio de vaca burro banda de música

ribeiro com patos farrapos de algodão muito
musgo percorrido por ovelhas e pastores

multidão de gente judaizante estremenha pela
mão de meu pai descendo de montes contando

moedas azenhas movendo água levada pela estrela
de Belém

um galo bate as asas um frade está de acordo
com a nossa circuncisão galinhas debicam milho

de mistura com um porco a que minha avó juntava
sempre um gato para dar sorte era preto

assim íamos todos naquela figuração animada
até ao dia de Reis aí estão

um de joelhos outro em pé
e o rei preto vinha sentado no

camelo. Era o mais bonito.
depois eram filhoses o acordar de prenda no

sapato tudo tão real como o abrir das lojas no dia
de feira

e eu ia ao Sanguinhal visitar a minha prima que
tinha um cavalo debaixo do quarto

subindo de vales descendo de montes
acompanhando a banda do carvalhal com ferrinhos

e roucas trompas o meu Natal é ainda o Natal de
minha mãe com uns restos de canela e Beira Alta.

João Miguel Fernandes Jorge, Actus Tragicus, 1979

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

AQUISIÇÕES RECENTES

TÍtulos disponíveis na BE:

CALVINO, Italo - O Barão Trepador. Oeiras: Público/Levoir. 2011. 302 p. ISBN 978-989-682-165-4
HASEK, Jaroslav - O Valente Soldado Chveik. Oeiras: Público/Levoir. 2011. 236 p. ISBN 978-989-682-169-2
MORAVIA, Alberto – O Conformista. Oeiras: Livros do Brasil. 2011. 349 p. ISBN 978-989-682-168-5
SENA, Jorge – O Físico Prodigioso. Oeiras: Público/Levoir. 2011. 137 p. ISBN 978-989-682-167-8
ZOLA, Émile – Nana. Oeiras: Público/Levoir. 2011. 413 p. ISBN 978-989-682-166-1

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SUGESTÃO DE LEITURA (19)


Logo a abrir, apareces-me pousada sobre o Tejo  como uma cidade de navegar. Não me admiro: sempre que me sinto em alturas de abranger o mundo, no pico dum miradouro ou sentado numa nuvem, vejo-te em cidade-nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal.
Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há ancoras, há sereias (...)
Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enloquecidos, povoando-o de tritões a cavalo de golfinhos.
(Texto da contracapa da obra)

Procure na Classe 8 (Língua. Linguística. Literatura)  e requisite o livro na Biblioteca da Escola.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

JORGE DIAS - Os Elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa

Jorge Dias (Etnólogo, 1907-1973)
Imagem daqui.

Recomendamos Os Elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa, comunicação apresentada pelo etnólogo Jorge Dias no Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, realizado em Washington, de 15 a 20 de Outubro de 1950, e publicado em Coimbra em 1955, pela sua brilhante exposição e, curiosamente, pela actualidade de alguns dos aspectos focados. Para reflectir.

Ficam alguns excertos:

A GEOGRAFIA FAZ A HISTÓRIA
Embora a origem da Nação se deva também à política, à vontade de um príncipe, que naturalmente se aproveitou de certas aspirações de independência latentes nas populações de Entre Douro e Minho, a unificação e a permanência da Nação deve-se ao mar. Foi a grande força atractiva do Atlântico que amontoou no litoral a maior densidade da população portuguesa do Norte, criando como que um vácuo para o interior. Desde Caminha a Lisboa estabeleceram-se inúmeras amarras que defenderam Portugal da força centrípeta de Castela. Mas foi sobretudo o estuário do Tejo, esse forte abraço do mar com a terra, que definitivamente presidiu aos destinos de Portugal. Não houve o domínio de uma região sobre outras, antes se encontraram todas num ponto natural de convergência. É por isso que, ao contrário de Berlim ou de Madrid, capitais no centro das regiões dominadoras, Lisboa, na foz do Tejo, está mais apoiada no mar do que na terra. (...)

A PERSONALIDADE
Se a situação geográfica contribuiu indiscutivelmente para o carácter expansivo da cultura portuguesa, ela só não basta para explicar tudo. Além dela, temos de considerar a feição psíquica portuguesa e a maneira como esta actuou perante as circunstâncias. A personalidade psicossocial do povo português é complexa e envolve antinomias profundas (...).
O Português é um misto de sonhador e de homem de acção, ou, melhor, é um sonhador activo, a que não falta certo fundo prático e realista. A actividade portuguesa não tem raízes na vontade fria, mas alimenta-se da imaginação, do sonho, porque o Português é mais idealista, emotivo e imaginativo do que homem de reflexão. Compartilha com o Espanhol o desprezo fidalgo pelo interesse mesquinho, pelo utilitarismo puro e pelo conforto, assim como o gosto paradoxal pela ostentação de riqueza e pelo luxo. Mas não tem, como aquele, um forte ideal abstracto, nem acentuada tendência mística. O Português é, sobretudo, profundamente humano, sensível, amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer e evita conflitos, mas, ferido no seu orgulho, pode ser violento e cruel. A religiosidade apresenta o mesmo fundo humano peculiar ao Português. Não tem o carácter abstracto, místico ou trágico próprio da espanhola, mas possui uma forte crença no milagre e nas soluções milagrosas. (...)

A SAUDADE
A mentalidade complexa que resulta da combinação de factores diferentes e, às vezes, opostos dá lugar a um estado de alma sui generis que o Português denomina saudade. Esta saudade é um estranho sentimento de ansiedade que parece resultar da combinação de três tipos mentais distintos: o lírico sonhador - mais aparentado com o temperamento céltico -, o fáustico de tipo germânico e o fatalístico de tipo oriental. Por isso a saudade é umas vezes um sentimento poético de fundo amoroso ou religioso, que pode tomar a forma panteísta de dissolução na natureza, ou se compraz na repetição obstinada das mesmas imagens ou sentimentos. Outras vezes é a ânsia permanente da distância, de outros mundos, de outras vidas. A saudade é então a força activa, a obstinação que leva à realização das maiores empresas; é a saudade fáustica. Porém, nas épocas de abatimento e de desgraça, a saudade toma uma forma especial, em que o espírito se alimenta morbidamente das glórias passadas e cai no fatalismo de tipo oriental, que tem como expressão magnífica o fado, canção citadina, cujo nome provém do étimo latino fatu (destino, fadário, fatalidade). (...)

O TEMPERAMENTO
Outra constante da cultura portuguesa é o profundo sentimento humano, que assenta no temperamento afectivo, amoroso e bondoso. Para o Português o coração é a medida de todas as coisas. (...)

A RELIGIÃO
A própria religião tem o mesmo cunho humano, acolhedor e tranquilo. Não se erguem nas aldeias portuguesas essas igrejas enormes e solenes, tão características da paisagem espanhola, que na sua imponência apagam a nota humana. A igreja portuguesa, ora caiada e sorridente entre ramadas, ora singela e sóbria na pureza do granito, é simplesmente a casa do Senhor. É sempre um templo acolhedor, habitado por santos bons e humanos. Não se vêem os Cristos lívidos e torturados de Espanha. A sensibilidade portuguesa não suporta essa visão trágica e dolorosa. (...)

A GENEROSIDADE
É a sobreposição dos valores humanos ao lucro e ao utilitário que explica muitos capítulos da nossa história e que nos deixa compreender muitas formas da sociedade actual. Tal mentalidade é a negação do espírito capitalista. No campo, sobretudo, é ainda viva a mentalidade patriarcal, onde a mesa está pronta para quem se quiser sentar e onde se não nega o pão e o caldo ao mendigo que passa. De dinheiro podem ser avaros, mas não fazem as contas ao que é da sua lavoura. (...)

O IMPROVISO
A imaginação sonhadora, a antipatia pela limitação que a razão impõe e a crença milagreira levam-no com frequência a situações perigosas, de que se salva pela invulgar capacidade de improvisação de que é dotado. (...) Nesses momentos a sua inteligência viva, a enorme capacidade de adaptação a todas as circunstâncias e o jeito para tudo permitem-lhe dominar as situações com êxito. (...)

A ADAPTAÇÃO
A capacidade de adaptação, a simpatia humana e o temperamento amoroso são a chave da colonização portuguesa. O Português assimilou adaptando-se. Nunca sentiu repugnância por outras raças e foi sempre relativamente tolerante com as culturas e religiões alheias. (...)

AS VIRTUDES E OS DEFEITOS
O Português, muito intimamente, é incapaz de ambicionar para a sua pátria o bem-estar e a prosperidade que, por exemplo, o Suiço conseguiu pelo esforço pertinaz e constante. É certo que o Português se envergonha perante um suiço, pelo elevado nível de vida que aquele soube conquistar, mas se fosse ele o suiço, envergonhar-se-ia da mesma maneira, por ter conseguido um bem-estar sem glória. É um povo paradoxal e difícil de governar. Os seus defeitos podem ser as suas virtudes e as suas virtudes os seus defeitos, conforme a égide do momento.


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sá de Miranda, Carta a El-Rei D. João III

As obras do doutor Francisco de Saa de Miranda, 1677 (Biblioteca Nacional de Portugal)

Um dos poetas mais amados, logo a seguir a Camões, Francisco de Sá de Miranda foi um poeta-lavrador atento ao mundo que o rodeava. A sua Carta a El-Rei D. João III, escrita em verso, na medida velha, espelha não só as suas preocupações com o tempo em que viveu, como também a estima que votava ao rei.

Seguem-se alguns excertos:

(...)
Homem de um só parecer,
Dum só rosto, uma só fé,
Dantes quebrar que torcer,
Ele tudo pode ser,
Mas de corte homem não é.

(...)
Tudo seu remédio tem
 E que assim bem o sabeis,
E ao remédio também;
Querei-los conhecer bem,
No fruto os conhecereis.

Obras, que palavras não:
Porém, senhor, somos muitos,
E entre tanta multidão
Tresmalham-se-vos os frutos,
Que não sabeis cujos são.

(...)
Sempre foi, sempre há de ser,
Que onde uma só parte fala,
Que a outra haja de gemer:
Se um jogo a todos iguala,
As leis que devem fazer?

(...)
Do vosso nome um grão rei
Neste reino lusitano,
Se pôs esta mesma lei,
Que diz o seu pelicano
Pola lei, e pola grei.


(...)
Assim que seja aqui fim;
Tornem as práticas vivas;
Perdestes meia hora em mim,
Das que chamam sucessivas
Estes que sabem latim.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ARTE NA BIBLIOTECA (7)

Tema: Colagens

Fotografias cedidas pelo Prof. Bruno Côrte Fernandes

Trabalhos realizados pelos alunos do 11.ºH, sob a orientação do Prof. Bruno Côrte Fernandes, no âmbito da disciplina de Desenho A.

Exposição patente na Biblioteca da Escola.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

LER EM VOZ ALTA FERNANDO PESSOA



Convite para ler em voz alta o Livro Desassossego, de Fernando Pessoa, no dia 30 de Novembro, das 10 horas da manhã em diante,
na Casa Fernando Pessoa.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES - SESSÃO DE JÚRI DE CERTIFICAÇÃO

Da esquerda para a direita, em cima: D.ra Sara Marinho, Avaliadora Externa; Profª Isabel Farias; D. Fátima Lourenço; D.ra Alexandra Frojmowicz, Profissional de RVC; D. Sónia Almeida; D. Inês Tomé; D. Adriana Coelho e D.ra Alexandra Rodrigues, Profissional de RVC; em baixo: Prof. Manuel Bastos e S.r Fernando Sucia.

A D.ra Júlia Bentes (à direita, em cima), Profissional de RVC e actual TDE, juntou-se ao grupo.


No dia 17 de Novembro de 2011, pelas 18h00, a Equipa Técnico-Pedagógica do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária José Saramago - Mafra realizou, uma vez mais, uma Sessão de Júri de Certificação de Nível Básico e Secundário. Foram apresentados diversos temas, representativos das Histórias de Vida dos candidatos, que lhes permitiram certificar formalmente as suas competências perante uma audiência numerosa e atenta. A Equipa do Centro Novas Oportunidades agradece a partilha e deseja aos Adultos certificados que este momento represente o início de uma nova etapa para a sua qualificação escolar e profissional.

Texto da Profissional de RVC, D.ra Alexandra Rodrigues

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MONTRA DE LIVROS (16)


Sugestão de leitura para assinalar o aniversário de Rómulo de Carvalho/António Gedeão, que se celebra no próximo dia 24 de Novembro.

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (10)


Exposição sobre Rómulo de Carvalho/António Gedeão, organizada pela professora Maria Luísa Barros.

SEMANA DA CULTURA CIENTÍFICA (21 a 25 de Novembro)


Leia na BE poemas seleccionados pela professora Amélia Rodrigues.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AMBIENTE E BIBLIOTECA



No âmbito da disciplina de Inglês, os alunos do 11.º H, sob a orientação da professora Ema da Silva, escreveram frases apelando à protecção do Ambiente e decidiram expor na Biblioteca da Escola, com o objectivo de sensibilizar os utilizadores.

FESTA DOS LIVROS GULBENKIAN




Nesta Festa dos Livros da Fundação Calouste Gulbenkian, que decorre entre os dias 30 de Novembro e 23 de Dezembro, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 20h00, destacam-se as publicações da Fundação e, entre elas, particularmente, o primeiro volume das Obras Completas de Eduardo Lourenço, Heterodoxias.


OBRAS COMPLETAS DE EDUARDO LOURENÇO - 1º volume

http://www.eduardolourenco.uevora.pt/


Do autor de O Labirinto da Saudade, Eduardo Lourenço, foi já publicado o primeiro volume das Obras Completas, intitulado Heterodoxias, com edição da Fundação Calouste Gulbenkian.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

IN MEMORIAM: JOSÉ SARAMAGO, 1922-2010

Fonte: Fundação José Saramago


Para relembrar José Saramago na data do seu nascimento, aqui se deixam alguns excertos de textos de autores estrangeiros, publicados na Revista Camões, nº 3, Outubro-Dezembro de 1998, evocativos da sua obra e de alguns dos traços mais característicos que a marcam.


A NOVA MANEIRA DE ESCREVER - Não foi nada premeditado, veio como uma inspiração. Pela primeira vez o narrador apareceu no texto. Não como um "eu" e absolutamente não como o seu próprio eu, "mas como uma instância que cria a justiça, que lá está para separar o bem do mal". Madeleine Gustafsson, "A inspiração decorre da voz interior", in Dagens Nyheter


DA PONTUAÇÃO - Como se compreende, tudo aqui é uma questão de fronteiras: fronteiras do real e da ficção, mas também fronteira da palavra. Saramago recusa, com efeito, o uso tradicional da pontuação. Os diálogos oferecem-se assim como uma sequência quase ininterrupta de frases, sem que as interrogações e as exclamações sejam traduzidas tipograficamente. Resulta disto a génese de um verbo neutro, descarnado, desligado de qualquer suporte, de qualquer identidade: imemorial, este verbo circula de indivíduo em indivíduo, para além das épocas, sem nunca se fixar (...). As vozes do morto e do vivo, do verdadeiro e do falso misturam-se assim inextricavelmente. Stéphane Zékian, "Prosadores portugueses: José Saramago", in Prétexte


DA ORALIDADE - Um escritor é a procura de um estilo que unifique a sua obra. Saramago soube dotar a sua prosa de uma respiração inexorável e tenaz que actua sobre a linguagem com um ritmo lento, tecendo sobre o leitor a teia doce de uma ladainha. Nesse estilo que é forma e fundo ao mesmo tempo, música interior e fluxo sustenido da primeira à última linha, reside a principal singularidade de uma obra que exerce sobre nós o mesmo poder de convicção da melhor poesia. "Leiam-me em voz alta", recomendou Saramago aos seus leitores em mais de uma ocasião; quando seguimos este conselho, a sua literatura atinge essa nitidez solene e quase oracular das palavras que nasceram com vocação de eternidade. Juan Manuel de Prada, "Leiam-me em voz alta", in ABC


DA MATURAÇÃO CRIADORA - Num mundo de peter pans com medo de envelhecer, ele define-se como um escritor tardio, uma uva passa. Ironia. Antes da epifania narrativa de Levantado do Chão (1980) há toda uma exploração sensorial e poética, uma biologia da alma onde se vão afivelando os sentidos externos e internos. O ouvido e a memória, o olhar e a imaginação, o cheiro e a melancolia. É em Levantado do Chão, no solo do Alentejo, que germina este estilo singular... Manuel Rivas, Obrigado Vaticano, in El País


DA MULHER - Na obra de Saramago, em todos os seus romances, a mulher tem um papel relevante, talvez porque no mundo dos pobres a mulher se vê obrigada a cultivar dia a dia as virtudes de um heroísmo anónimo que não lhe é reconhecido. Em todos os romances de Saramago, a protagonista tem mais valor do que o protagonista. Mulheres sonhadoras e realistas, sacrificadas, capazes de um amor que é o que o amor essencialmente deve ser: generoso. A mulher, na casa do pobre, é a consciência aberta da dignidade. Basilio Losada, "Um universo ético", in El Mundo


DA CONDIÇÃO HUMANA - Saramago não apenas renovou a temática do romance português, como as suas técnicas estruturais, para nada dizer do extraordinário estilo literário propriamente dito: é, na linhagem de Malraux (...), o romancista da condição humana. A condição humana vista pelo prisma histórico e sociológico de Portugal. O indivíduo é, nos seus romances, uma parte da engrenagem social, não a personagem idiossincrática que tradicionalmente povoa a ficção. Ele é o homem que faz do homem uma "ideia política" (no sentido aristotélico da palavra), com prolongamentos ideológicos e até partidários. Nesse particular, a sua visão denuncia algum ressentimento irónico contra o mundo tal como existe. Wilson Martins, "Romancista da condição humana", in O Globo


DA HISTÓRIA/ das histórias - E não existe uma única obra em que na versão oficial da história não se tenha infiltrado o subversivo da ficção. Nenhuma em que o juste milieu da história oficiosa de Portugal não tenha sido minado por fábulas. Christian Thomas, "Jangada das ficções", in Frankfurter Rundschau


DOS MESTRES - (...) a obra de Saramago incessantemente "fala" com a de seus antecessores: sua preocupação com a história, num momento no qual cassandras decretam-lhe o fim, remete a um Alexandre Herculano; sua dicção, baseada num tom despiciendo e digressivo, remete à de Almeida Garrett, seu cuidado com a forma do romance, cada vez mais depurada, remete a Eça. Em poucas palavras, Saramago está firmemente ancorado em sua tradição doméstica, da qual é prova o seu longo encantamento com a palavra barroca (...), na qual revelam-se as suas leituras de clássicos como os oradores religiosos António Vieira, Manuel Bernardes e António das Chagas, e ao que se soma a incorporação, tanto em nível de anedota como da escritura mesmo, dos maiores poetas portugueses, Camões e Pessoa. Horácio Costa, "José Saramago é o suco da barbatana da língua portuguesa", in Folha de São Paulo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AQUISIÇÕES RECENTES


Títulos recentemente adquiridos para a área de Informática.

FERRAMENTA PARA DETECTAR PLÁGIO

Ferramenta gratuita para comparar documentos na Internet.
Para utilizar a CopioNIC basta registar-se e seleccionar um ou vários documentos. Pode comparar documentos Word, Openoffice, PDF, apresentações PowerPoint e arquivo de textos. Esta ferramenta também permite saber se o conteúdo da sua página Web foi plagiado.
Outras ferramentas de detecção de plágio: Copyscape , Doc Cop , Plagiarism Checker , Plagiarism Detect  e Turnitin.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MONTRA DE LIVROS (15)


Sugestão de leitura para assinalar o centésimo aniversário de Manuel da Fonseca.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PRÉMIO SARAMAGO 2011


Andréa del Fuego, usando um apelido que substitui o seu, dos Santos, brasileira, 36 anos, foi distinguida com o Prémio Literário José Saramago 2011, pelo seu primeiro romance, Os Malaquias.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EXPOSIÇÃO ITINERANTE "ERA UMA VEZ A TERRA ..."

Fotografia do Professor Martinho Rangel

Exposição organizada pela Comissão Nacional da UNESCO/Rede de Bibliotecas Escolares. É constituída por sete painéis e engloba várias temáticas: desastres naturais, águas, solos, oceanos, alterações climatéricas, Terra e Saúde, Terra e Vida , megacidades e recursos naturais.

Para ver na Biblioteca da Escola, de segunda a sexta, até ao dia 11 de Novembro de 2011.

SUGESTÃO DE LEITURA (18)


A Comissão Nacional da UNESCO, através da Rede de Bibliotecas Escolares, ofereceu à Biblioteca da Escola dois exemplares do livro Contos da Dona Terra, de Maria Helena Henriques, Maria José Moreno e A. M. Galopim de Carvalho.

Procure na estante das Novidades!

FREQUENTO A BIBLIOTECA PORQUE ...


Complete a frase no mural da Biblioteca Escolar.

24 DE OUTUBRO - DIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES


A biblioteca escolar 

proporciona informação e ideias 

fundamentais para sermos

bem sucedidos na sociedade actual,

baseada na informação

e no conhecimento.

A biblioteca escolar

desenvolve nos alunos

competências para

a aprendizagem ao longo da vida

e estimula a imaginação, 

permitindo-lhes

tornarem-se 

cidadãos  responsáveis.

                     Manifesto
   da Biblioteca Escolar
                                                               

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 2011-2012


1.ª Fase - Provas nas Escolas 
24 de Outubro de 2011 a 13 de Janeiro de 2012 

2.ª Fase - Provas Distritais 
Março e Abril de 2012 

3.ª Fase - Provas Nacionais (Finais)
Maio de 2012

Participe!

ENCONTRO SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES


9.º Encontro de Professores e Educadores do Concelho de Sintra sobre Bibliotecas Escolares

4 e 5 de Novembro de 2011

Palácio Valenças - Sintra 

Informações e inscrições:
Departamento de Educação - tel. 219236130/1 - e-mail: ded@cm-sintra.pt 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INSTITUTO CAMÕES - HOMENAGEM A JOSÉ SARAMAGO

Fernando Campos - 6/9/2010



Concurso LER SARAMAGO

Rede de Leitorados e Cátedras do Instituto Camões homenageia Saramago


O Instituto Camões promove o concurso Ler Saramago, destinado à rede externa de leitorados e cátedras de língua e cultura portuguesa estendida pelo mundo.


Ler mais aqui.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE MANUEL DA FONSECA (1911 - 2011)

O escritor nasceu a 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém, e faleceu a 11 de Março de 1993, em Lisboa. Foi uma figura importante do neo-realismo português. Colaborou em jornais e revistas e fez parte do grupo do Novo Cancioneiro.

Fotografia: Museu do Neo-Realismo

Para saber mais sobre o autor: infopédia


Campaniça
Valgato é terra ruim.
Fica no fundo de um córrego, cercada de carrascais e sobreiros descarnados. O mais é terra amarela, nua até perder de vista. Não há cearas em volta. Há a charneca sem fim, que se alarga para todo o resto do mundo. E, no meio do descampado, no fundo do vale tolhido de solidão, fica a aldeia de Valgato debaixo de um céu parado.
Valgato é uma terra triste.
Saem os homens para o trabalho ainda a manhã vem do outro lado do mundo. Levam enxadas e foices e conhecem todos os trilhos, entre o mato, com estevas que são mais altas que duas vezes o tamanho do mais alto dos  homens de Valgato. Tanto conhecem os caminhos que vão, sem desvio nem engano, até às herdades que ficam a léguas de distância, ainda com o sono e o escuro da noite fechando-lhes os olhos.
Não é de admirar. Zé Tarrinha tem uma mula que caiu num barranco de piteiras e vazou os dois olhos. Pois a mula nunca erra a casa e vai sozinha à fonte. Não é de admirar que os homens saiam ainda com o escuro da noite, e com o sono, e vão sem desvio ou engano até às herdades.
O Venta Larga, quando se fala que alguém se perdeu no caminho, diz sempre:
- A gente não precisa senão de saber onde põe os pés. O mais é cá disto ... - funga com ruído e, alargando as narinas, aponta o nariz - ... o mais é cá do cheiro.
Por isso lhe chamam o Venta Larga.

Manuel da Fonseca, Aldeia Nova (1942)


Para continuar a ler, requisite o livro na Biblioteca da Escola.

VISITA À BIBLIOTECA (7)

No dia 12 de Outubro, pelas 10h30m, formandos do CNO, acompanhados pela formadora Isabel Farias, visitaram a Biblioteca Escolar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NAZIM HIKMET - Poemas da Prisão e do Exílio



NAZIM HIKMET: Salónica, 21 de novembro de 1901 - Moscovo, 3 de junho de 1963


A viagem fazemo-la num qualquer modesto cargueiro

Existe ainda um porto onde não tivéssemos tocado?

Existe alguma espécie de tristeza que ainda não tivéssemos cantado?

O horizonte que a cada manhã tínhamos pela frente

Não era igual ao que à noite deixávamos para trás?

Quantas estrelas desfilaram à nossa frente

Roçando as águas

Não era cada aurora o reflexo

Da nossa grande nostalgia?

Mas é em frente que vamos, não é verdade?

É em frente que vamos.

Nazim Hikmet, Poemas da Prisão e do Exílio


Nazim Hikmet é talvez o mais genial dos poetas turcos. É seguramente um dos mais conhecidos, com uma obra traduzida em mais de 50 idiomas. Grande parte da sua vida foi passada na prisão ou no exílio, tendo-lhe mesmo sido retirada a cidadania turca (posteriormente devolvida em 2009).


Observador atento da vida e de todos os seus detalhes, na sua poesia Hikmet afasta-se do sentimentalismo, sem no entanto excluir a emotividade, defendendo, por maior o sofrimento em que vivesse, que a poesia está em toda a parte.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CLARABOIA




Obra póstuma de José Saramago será publicada, em Portugal e no Brasil, durante este mês de outubro.
Clique aqui para mais informações.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

MÊS INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES





Em Outubro celebra-se o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares.
Biblioteca Escolar. Saber. Um poder para a vida é o tema para este ano.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SUGESTÃO DE LEITURA (18)



Escritores desencarnados refletem, a partir do Além, sobre os dias que correm.

Se fosse possível pedir a Eça de Queirós uma crónica sobre a situação de Portugal nos dias de hoje, o que escreveria ele? O que pensa Machado de Assis acerca do presente Acordo Ortográfico? O que é que Vladimir Nabokov sempre quis que soubéssemos sobre Barack Obama?
José Eduardo Agualusa psicografou 24 escritores já falecidos, revelando as suas opiniões sobre assuntos importantes, ou não tão importantes, do nosso quotidiano. Vozes do Além, agora neste mundo. Escute-as.
(Texto da contracapa da obra)

Livro disponível na estante das Novidades.

Na Classe 8 (Língua. Linguística. Literatura) procure outros títulos do autor: A Conjura, A Feira dos Assombrados, A Substância do Amor, Um Estranho em Goa, Nação Crioula, Catálogo de Sombras, Passageiros em Trânsito e O Ano em que Zumbi Tomou o Rio.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REGRESSO DE FÉRIAS


Depois das férias, os livros estão a regressar...


Bom ano de trabalho!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

FÉRIAS 2011

Fotografia: Prof. Martinho Rangel

Boas férias e boas leituras!
 

QUEM DIZ FÉRIAS, DIZ LEITURAS!


Os livros também podem ir de férias. E voltar!

Boas leituras, boas férias!

SUGESTÃO DE LEITURA (17)

Relembrando António Feio
(06/12/1954 - 29/07/2010)


(...) A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir.

Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor. 

Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
       
                                                         António Feio


O livro encontra-se disponível na Biblioteca da Escola.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

MONTRA DE LIVROS (14)





Mais aquisições recentes no âmbito do projecto novasoportunidades@biblioteca.esjs, com o apoio integral da Fundação Calouste Gulbenkian.

Procure na BE e requisite para ler nas férias!