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Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

sábado, 21 de março de 2015

DIA MUNDIAL DA POESIA 2015


Cartaz de Maria Helena Vieira da Silva.



"Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção."

Manoel de Barros, Livro Sobre Nada, Rio de Janeiro-São Paulo, Editora Record, 2004, p. 68.




sexta-feira, 20 de março de 2015

PRIMAVERA


Grupo de rododendros, jardins de Hopkirk.
Imagem daqui.


“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.


Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.



Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.



Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.



Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.



Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação. (…)



Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.”

Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1998, p. 366.





FESTA DO CINEMA ITALIANO 2015


O spot oficial e o programa poderão ser encontrados aqui.


É inaugurada no dia 25 de março de 2015 a 8ª edição da Festa do Cinema Italiano. Além de várias iniciativas ligadas à língua italiana, à literatura e à gastronomia, serão exibidos filmes em Lisboa, Porto, Caldas da Rainha, Loulé e Coimbra.


quarta-feira, 18 de março de 2015

NOVO NA BE



CASABOSCH, Marc  Estévez – Uma Horta para Ser Feliz . Lisboa: Arte Plural Edições, 2014. 215 p. ISBN 978-989-6920-56-2

KREUTER, Marie-Luise – Horticultura Biológica para Principiantes. Lisboa: Editorial Presença, 2014. 2.ª ed., 139 p. ISBN 978-972-23-5373-1

terça-feira, 17 de março de 2015

SEM PALAVRAS XLI



António Chainho, "De Mandovi ao Tejo" (LisGoa, 2010)



segunda-feira, 16 de março de 2015

OS CAMINHOS DE ORPHEU

Imagem e informações detalhadas aqui.



Exposição patente na Sala de Exposições da Biblioteca Nacional de Portugal, de 24 de março a 20 de junho de 2015.
A entrada é livre.



SEMANA DA LEITURA 2015


Encontro com o escritor Sérgio Franclim

17 de março 

10h15 - 12h / 14h25 - 15h10 

Biblioteca da ESJS


sexta-feira, 13 de março de 2015

SEBASTIÃO & SEBASTIANA

Imagem e informações detalhadas aqui.


Sebastião e Sebastiana é um espetáculo baseado na ópera Bastien und Bastienne, composta por Mozart.

Terá lugar no Auditório Adriano Moreira do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da  Universidade de Lisboa, no dia 14 de março de 2015, às 21h00.



SEMANA DA LEITURA 2015

Fotografia: Arquivo da Biblioteca ESJS (2007)
 
16 a 20 de março
 
«Palavras do Mundo» é o tema para este ano.  
 
No âmbito da 9.ª edição da Semana da Leitura, o Plano Nacional de Leitura promove o concurso «Palavras do Mundo em Cartaz».


quinta-feira, 12 de março de 2015

DA CONCISÃO L


Marc Chagall (1887-1985)




"A saudade é uma palavra azul." - Ramalho Ortigão

Amadeu Ferreira d'Almeida, Dicionário Excêntrico, Lisboa, Portugália Editora, 1961, p. 288.



quarta-feira, 11 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

DA METÁFORA V

Pierre Puvis de Chavannes (1824-1898), Le Rêve.



"Um sonho é uma metáfora ou um enlaçar de metáforas."

Gregory Bateson, Metadiálogos, Lisboa, Gradiva, 1989, p. 93.


sexta-feira, 6 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 08/ 03/ 2015




"RECONSTITUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Elas são quatro milhões, o dia nasce, elas acendem o lume. Elas cortam o pão e aquecem o café. Elas picam cebolas e descascam batatas. Elas migam sêmeas e restos de comida azeda. Elas chamam ainda escuro os homens e os animais e as crianças. Elas enchem lancheiras e tarros e pastas de escola com latas e buchas e fruta embrulhada num pano limpo. Elas lavam os lençóis e as camisas que hão-de suar-se outra vez. Elas esfregam o chão de joelhos com escova de piaçaba e sabão amarelo e correm com os insectos a que não venham adoecer os seus enquanto dormem. Elas brigam nos mercados e praças por mais barato. Elas contam centavos. Elas costuram e enfiam malhas em agulhas de pau com as lãs que hão-de manter no corpo o calor da comida que elas fazem. Elas vêm com um cântaro de água à cinta e um molho de gravetos na cabeça. Elas limpam as pias e as tinas e as coelheiras e os currais. Elas acendem o lume. Elas migam hortaliça. Elas desencardem o fundo dos tachos. Elas passajam meias e calças e camisas e outra vez meias. Elas areiam o fogão com palha de aço. Elas calcorreiam a cidade a pé e à chuva porque naquele bairro os macacos são caros. Elas correm esbaforidas para não perder o comboio, o barco. Elas pousam o cesto e abrem a porta com a mão vermelha. Elas põem a tranca no palheiro. Elas enterram o dedo mínimo na galinha a ver se tem ovo. Elas acendem o lume. Elas mexem o arroz com um garfo de zinco. Elas lambem a ponta do fio de linha para virar a camisa. Elas enchem os pratos. Elas pousam o alguidar na borda da pia para aguentar. Elas arredam a coberta da cama. (…)”

Dezembro 1975

Maria Velho da Costa, Cravo, Moraes Editores, 1976.

quinta-feira, 5 de março de 2015

DA CONCISÃO XLIX

Imagem daqui.



"Vê como um todo, pensa como um todo, ouve como um todo." - Xenófanes (finais do séc. VI a.C.)


Antologia da Poesia Grega Clássica, tradução e notas complementares de Albano Martins, Lisboa, Portugália Editora, 2009, p.172.



segunda-feira, 2 de março de 2015

CATEGORIAS E OUTRAS PAISAGENS



O livro Categorias e Outras Paisagens, de Fernando Echevarría, foi premiado na 16ª edição das Correntes d'Escritas.


Disse o poeta ao Diário de Notícias (28/ 02/ 2015): "Somos um país que teve grandes poetas e que nem sempre foram apreciados como deviam. Antes do Camões e a continuar com ele, ou o Fernando Pessoa, que só pôde publicar um livro em vida e morreu praticamente desconhecido. Aliás, talvez por essa razão a sua obra tenha tanto peso e pensamento. O que muitas vezes acontece à nossa poesia é que falta-lhe esse peso que é o do pensar. (...) Não posso dizer em toda a nossa poesia porque há um Antero de Quental. E há Camões, que escreveu o Super Flumina Babylonis, que é um grande poema cheio de pensamento. Talvez até o prefira a Os Lusíadas."


JUDAICA - Mostra de Cinema e Cultura, 2015





De 4 a 8 de março, no Cinema São Jorge, em Lisboa, e em Belmonte, no Auditório Municipal Museu Judaico, de 7 a 10 e maio de 2015.

Os programas com todas as informações detalhadas e o vídeo encontram-se em: http://www.judaica-cinema.org/