Relógio de Sol, Chartres, foto de Rodrigo Siqueira
Imagem daqui.
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CONTRARIEDADES
Eu hoje acordei e saí da
cama. Sinto-me mal por isso. A vida parece querer passar-me por cima, e eu,
amarrado a estas dolorosas correntes, parvo e inútil, deixo que ela o faça.
Hoje vou comprar um
relógio sem pilhas. Não sei, se calhar quando o comprar o tempo deixa de passar
e, quem sabe, talvez a minha vida passe a ter algum ínfimo sentido.
Não compreendo o tempo,
nunca vi nada tão egocêntrico: ele passa, mantém-se o mesmo; ele passa, nós
mudamos. Por que é que tem de ser assim? Por que é que não é ele a mudar e nós
a permanecermos iguais? Ah!
Bom, mas amanhã é outro
dia…
Henrique
Vicente, Aluno do 11º N desta Escola
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