William Blake (1757-1827), Proverbs of Hell (primeira página). Imagem daqui. |
No tempo das sementeiras, aprende; no das ceifas, ensina;
no Inverno, goza.
(…)
Um tolo não vê a mesma árvore que um sábio vê.
(…)
Laboriosa abelha não tem ócios para a tristeza.
As horas da loucura são contadas pelo relógio; mas as da
sabedoria não há relógio que possa contá-las.
Não voa alto de mais a ave que voa com as próprias asas.
(…)
O acto mais sublime é colocar outrem adiante de si.
Persistisse o louco em sua loucura, avisado se tornaria.
(…)
A raposa deita culpas à armadilha, não a si própria.
À ave o ninho, à aranha a teia, ao homem a amizade.
O que hoje se prova não passava ontem de imaginação.
A ratazana, o rato, a raposa, o coelho reparam nas
raízes; o leão, o tigre, o cavalo, o elefante atentam nos frutos.
A cisterna contém; a fonte transborda.
Um único pensamento é susceptível de encher a imensidão.
(…)
Tudo quanto seja possível acreditarmos torna-se imagem da
verdade.
Jamais a águia perdeu tanto o seu tempo como ao ter de
ouvir as lições do corvo.
De manhã, pensa; ao meio-dia, age; à tarde, come; à
noite, dorme.
Não esperes senão veneno das águas estagnadas.
Nunca saberás o que é bastante se não souberes o que é
mais que bastante.
Os olhos de fogo, as narinas de ar, a boca de água, a
barba de terra.
É forte em astúcia o fraco em coragem.
Exuberância é Beleza.
(...)
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