Retrato de Paul Verlaine como Trovador, de Jean-Frédéric Bazille (1868)
Il pleut doucement sur la ville.
Arthur Rimbaud
Il pleure dans mon cœur Chora no meu coração
Comme il pleut sur la ville ; Como chove na cidade;
Quelle est cette langueur Que langor ou lassidão
Qui pénètre mon cœur ? Me penetra o coração?
Ô bruit doux de la pluie Ó doce ruído da chuva
Par terre et sur les toits ! No chão e sobre os telhados!
Pour un cœur qui s’ennuie Pra uma alma que se turva
Ô chant de la pluie ! Ah!, o cântico da chuva!
Il pleure sans raison Cai o choro sem razão
Dans ce cœur qui s’écœure. No meu peito que esmorece.
Quoi ! nulle trahison ?... O quê! Nenhuma traição?...
Ce deuil est sans raison. Meu luto não tem razão.
C’est bien la pire peine E a minha maior dor
De ne savoir pourquoi É nunca saber porquê
Sans amour et sans haine Sem ódio e sem amor
Mon cœur a tant de peine ! Minha alma tem tanta dor!
Paul Verlaine, Poemas Saturnianos e Outros, tradução,
prefácio, cronologia e notas de Fernando Pinto do Amaral, Lisboa,
Assírio & Alvim, 1994, pp.158-159.
Assírio & Alvim, 1994, pp.158-159.
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